domingo, 28 de outubro de 2007

Realidade

terça-feira, 23 de outubro de 2007

FIQ 2007

Olá senhores e senhoritas,

Como todos que adiquiriram um exemplar do fanzine TOTEM devem saber, o principal motivador para o lançamento foi o Festival Internacional de Quadrinhos que aconteceu aqui em Belo Horizonte entre os dias 16 e 21 de outubro. Claro que sempre pensamos em lançar nosso material, porém, não podíamos perder a oportunidade de lançarmos durante o evento. Muita coisa ocorreu durante todo o ano de 2007, iniciamos a produção de uma revista, discordamos sobre a mesma, acabamos com o projeto e iniciamos outros projetos. No entanto, como uma manobra triunfante do destino, nenhum dos projetos conseguiria ficar definitivamente pronto para o festival e decidimos, por volta de três semanas antes do evento, que para não perdermos a oportunidade, lançaríamos um fanzine livre de qualquer tipo de pressões editoriais. Tínhamos três semanas para preparar o material e esta seria a única regra válida. Já tínhamos um nome, TOTEM, mas nenhum modelo editorial além do que estava estipulado dentro dos parâmetros de liberdade criativa. Cada autor poderia fazer o que bem entendesse e quisesse. Com isto em mente, partimos, com algum atraso, para a produção das histórias. Eu já tinha uma história engavetada, chamada "A Árvore", e decidi que iria publicá-la nesta revista. O Daniel estava desenvolvendo uma série de histórias banhadas no clima psicodélico sob influência da famosa banda Pink Floyd, chamada "Ulo". Ainda me lembro como se fosse ontem quando o Daniel me ligou e disse que estava amadurecendo o seu traço ao incorporar elementos do cartum em seus personagens. O Marcus havia preparado terreno nos anos anteriores para seguir caminho em histórias de terror e ficção científica, com suas marés de nanquim chapado formando poderosas e aterrorizantes paisagens sombrias. Já eu, ainda queria (e teria um tempo relativo para isto) produzir uma nova história. Como teria liberdade total, resolvi tentar algo me aventurando no humor non sense, e assim nasceu "Cherakee, o feiticheiro".
Uma semana após iniciarmos a produção, nos reunimos para verificar tudo e para que todos me passassem as histórias para que eu pudesse montar a revista para enviar para a gráfica. Com alguns imprevistos aqui e outros ali, consegui terminar tudo a tempo. Nosso objetivo seria concretizado e teríamos o fanzine pronto para o FIQ!




Daniel "Ulo", Daniel "Nanquim" Esteves, Eu e o Marcus

O FIQ foi uma loucura. O Totem ficaria pronto somente no fim da tarde da terça feira, dia 16, então sabíamos que o primeiro dia de evento não poderíamos usufruir de nosso material. Eu estava encarregado de cuidar do estande dos independentes de BH e, por sorte, o Quarto Mundo, um selo que os quadrinistas independentes do restante do Brasil criaram para se organizar melhor, estava em um estande junto com o meu. Isto foi fantástico! Já no primeiro dia conheci o Will, criador do Sideralman, o Cadú, do Homem-Grilo e Garagem Hermética, e o Tiago, que era o promotor de vendas e quebra galho deles. Durante o dia, tivemos que aguentar a criançada que foi com as escolas para lá. Nada de muito problemático, tirando um livro ou outro que desaparecia misteriosamente e que tínhamos que sair correndo atrás pelos corredores. Na noite da terça, os fanzines ficaram prontos e logo que chegamos no estande com eles a galera demonstrou positivismo quanto ao material, sinal de que não havíamos feito uma grande merda! No desenrolar do evento, muitas outras pessoas chegaram de diversas partes do país. No Quarto Mundo tive oportunidade de conhecer o Leonardo Melo, da Quadrinhópole, o pirata Marcos Venceslau, do Subterrâneo, o Daniel Esteves, da Nanquim Descartável, o Renato Lima, da Jukebox, o Papito, da Cambada, o Gil Tókio, do Bodega, o Sam Hart, o Leonardo Pascoal, da Isto não é uma revista, o Jozz, da Zine Royale, além do pessoal da Quase e da Tarja Preta. Fora do lado independente, ainda tive o prazer de conhecer diversos outros artistas, no qual passei o Totem de presente a todos. Entre eles o Marcelo Lélis, o Grampá, o Mandrafina, o Juan Sáenz Valiente, o Sérgio Macedo, o Fábio Zimbres, o Sidney Gusman e etc. Uma das coisas boas de eventos assim é que encontramos muitos amigos que não víamos há tempo. Desta vez não foi diferente e encontrei com o Wellington Srbek, com o pessoal da Graffiti 76% quadrinhos, o Fabiano e o Piero, com o Nilson e muitos outros. Muitas novas amizades, muito papo sobre quadrinhos, muitas trocas de material entre os independentes, muita cerveja e, acima de tudo, muita zuação. Assim foi o FIQ de 2007, que venha o próximo daqui a dois anos! E prometo tentar lançar mais edições da Totem até lá!

Grande abraço a todos!

Tivemos até a nossa capa reproduzida durante a sessão de desenhos pela pequena Giulia! Muito bom!